Na Europa mais de 90% dos aviários trabalham com pressão negativa, que garantem melhores resultados no ganho de peso das aves. O Brasil, mesmo sendo líder na exportação mundial de frangos, produz cerca de 70% das aves em aviários convencionais (de pressão positiva, com ventiladores), com pouco ou mal uso de tecnologias.
Durante o VI Encontro Técnico do Grupo Unifrango, no mês passado, em Maringá (PR), o médico veterinário e assistente técnico da Cobb Vantresss, José Luis Januário, palestrou sobre Ambiência – Manejo de verão e ressaltou que “o Brasil ainda precisa evoluir muito no quesito estrutura de criação de aves. Estamos 30 anos atrasados em relação aos países que fornecem a tecnologia”.
Devido à alta amplitude térmica o setor de frango do Paraná teve perda na produção de frango em outubro, ainda na primavera. “Frango suporta altas e baixas temperaturas, mas não uma amplitude térmica de 15ºC no dia”, explica Januário, que acrescenta que essa é a maior causa de ineficiência e mortalidade das aves.
A remoção do calor produzido pelas aves, que representa 80% do calor total do aviário, e a troca de ar em um intervalo menor que um minuto devem ser as prioridades do manejo durante o verão. Não respeitar a renovação do ar nesse intervalo aumenta o nível de CO2 produzido pelas aves dentro do aviário.
Outro ponto fundamental a ser verificado pelo produtor é a vedação dos aviários, seja de pressão negativa ou positiva, alerta Januário.
Fonte: Revista Globo Rural
Adaptação: Portal Suínos e Aves
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