Sanidade – Laringotraqueíte infecciosa em aves

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O grande avanço tecnológico proporcionou melhorias gerais nos sistemas de produção. Dentre eles, a avicultura destaca-se pelo elevado nível de produção, seja por parte de ovos quanto pela produção cárnea. O mercado está cada vez mais aquecido o que favorece o bom rendimento de trabalho do referido setor. Quando se trabalha com grande número de animais, é importante focar na questão, principalmente, da sanidade.

Inserido nesse contexto, podemos focar em um problema bastante sério que é a Laringotraqueíte Infecciosa (LTI) já que, interfere de modo negativo em perdas econômicas seja pela redução na produção de ovos quanto o desempenho de frangos. Essa doença é causada por um vírus causando problemas de ordem respiratória nas aves. O vírus da laringotraqueíte infecciosa é do gênero Herpes vírus, de forma esférica cujo material genético corresponde a uma fita dupla de DNA.

O vírus pode permanecer viável por várias semanas em contato com a cama, dejetos e carcaças presentes no ambiente. Este, apresenta sensibilidade com algumas substâncias como o éter, clorofórmio e desinfetantes comuns além da sua destruição através da incidência direta da luz solar (ISHIZUKA, 2004). Através da via respiratória superior o vírus entra na ave e começa a replicar-se nos tecidos da laringe e traquéia além de sacos aéreos e nos pulmões. Este ainda pode permanecer em um estágio de latência sendo que, uma reativação viral pode ser induzida por estímulos de estresse, alta densidade, mudanças severas na alimentação além de excessos de calor ou frio.

É uma doença de grande distribuição geográfica pertencente à lista B da Organização Internacional de epizootias devendo ser portanto, notificada ao serviço de defesa sanitária animal local (BUCHALA, 2004). A transmissão dá-se por contato direto de ave para ave, aerossóis e equipamentos não higienizados sendo que, a velocidade de propagação da doença dentro de um galpão fechado é muito rápida (RUPLEY, 1999).

Os sintomas agudos da doença são caracterizados por sonolência, sinusite, conjuntivite, traqueíte, atraso do crescimento e queda na produção de ovos. Quando da morte das aves, é possível verificar na necropsia, alterações na laringe e traquéia com presença de muco ou pontos hemorrágicos devido a intensidade de infecção(CALNEK etal., 1991). O controle da infecção é feito com auxílio de vacinas vivas atenuadas cuja administração é feita por via oral (água de bebida) ou spray. Vale lembrar que a dose deve ser aplicada de forma igualitária para as aves já que a dose vacinal deve atingir com eficácia o compartimento (mucosa) do trato respiratório das mesmas.

Portanto, medidas profiláticas como vacinação e práticas de biosseguridade são importantes para o controle e prevenção de doenças que venham atacar o sistema de produção animal.

Fonte: Revista Agropecuária

Autor: Rodrigo Dias Coloni-Zootecnista, Mestrado e Doutorando em Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias

Adaptação: Portal Suínos e Aves

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Atualizado em: 17 de dezembro de 2012