Produção de suínos recebe forte investimento na Rússia e na China

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Durante o encerramento do 10º Seminário Internacional de Suinocultura realizado no Guarujá, o diretor da empresa Genus dos Estados Unidos Bill Christianson, disse que para o próximo ano o mercado para a criação de suínos terá crescimento maior na China e na Rússia, onde a demanda está criando suporte para consolidar programas de investimentos na suinocultura. Os Estados Unidos e o Brasil continuarão sendo os grandes players,

 De acordo com o diretor a Rússia está diminuindo o ritmo das importações e deve se tornar auto-suficiente na produção de carne suína nos próximos anos. Na Rússia os investimentos visam somar 2,8 milhões de fêmeas em 2020. Na China há um pesado investimento na modernização da suinocultura, a produção de suínos de fundo de quintal caiu para 30%, enquanto a produção especializada cresceu e já responde por 55% das integrações. “Os investimentos refletem a urbanização do país, que em 2020 terá 58% da população vivendo nas cidades”.

Para o consultor norte-americano da área de carnes, Bruce Ginn, o consumo de carne bovina está em queda nos Estados Unidos e sobe no México e no Canadá. “O pico no mercado norte-americano foi de que 132 milhões de cabeças de gado em 1996, hoje está com 100 milhões de cabeças, ou seja, queda de um terço em 15 anos”.

  Ginn traçou as tendências e os desafios para o mercado mundial de carnes. De acordo com ele, o cenário atual dos Estados Unidos é de aumento no consumo de frango e de certa estabilidade em suínos. “O consumo de suínos cresce a taxas de 3% ao ano a vários anos”. O grande desafio, no caso dos suínos, é saber qual o peso ideal de abate do animal com o milho custando 8 centavos de dólar por bushel. Segundo Ginn o animal muito pesado não faz sentido uma vez que os últimos quilos ganhos são de gordura apenas e a conversão em carne não compensa.

Para Tim Loula, do Centro de Pesquisa Veterinária de Minnesota, a ração tem sido mesmo um grande problema, pois o produtor de suínos dos Estados Unidos foi pego de surpresa com a seca que derrubou a safra de milho.

            A questão do bem estar animal também foi discutido no evento. A tendência é de grande pressão para a retirada das gaiolas, principalmente por parte de países europeus, e pela exclusão das celas de gestação do sistema de produção, uma vez que são muito apertadas.

 No Reino Unido elas foram retiradas em 1999 e houve aumento no custo de conversão, e o resultado do plantel caiu pela metade. Atualmente cerca de 12% da produção norte-americana não tem gaiolas, “mas acho que os suinocultores têm grandes perdas e por isso não devem ter medo de discutir e questionar o bem estar animal”, disse Christianson.

Fonte: Rural Centro

Adaptação: Porta Suínos e Aves

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Atualizado em: 18 de setembro de 2012