O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de carne de frango e o maior exportador do produto, isso reflete a importância do setor no agronegócio brasileiro, tendo grande importância econômica para o país.
Com o avanço das biotecnologias os frangos com metabolismo mais acelerado apresentam alto crescimento e deposição de tecido muscular. Por outro lado a capacidade termorreguladora continuou deficiente para enfrentar as condições de alta temperatura e umidade.
As condições climáticas afetam o desenvolvimento das aves diretamente, uma vez que compromete a manutenção da homeotermia, função vital. O desequilíbrio fisiológico das aves que é causado por altas temperaturas e umidade relativa do ar, na hora do abate, afeta diretamente as reservas de glicogênio muscular que são responsáveis pelo desenvolvimento das reações bioquímicas pós-morte que determinam a qualidade do carne e as suas propriedades funcionais.
O termo estresse refere-se aos ajustes fisiológicos, como ritmo cardíaco e respiratório, temperatura corporal e pressão sanguínea, que ocorrem durante a exposição das aves as condições adversas.
No período pré-abate os principais fatores responsáveis por promover as alterações fisiológicas das aves, que são característicos do estresse térmico são o intervalo de jejum e dieta hídrica, transporte e temperaturas ambientais.
Para evitar prejuízos com o estresse térmico, que pode causar a morte das aves ou qualidade inferior da carne após o abate, é necessário um estudo e conhecimento das propriedades funcionais das matérias-primas e dos fatores que as influenciam. A atenção ao estresse pré-abate são essenciais para garantir resultados positivos em toda cadeia produtiva do setor.
Fonte: Ciência Rural