A região Nordeste brasileira apresenta boa capacidade de abrigar ingredientes que podem ser utilizados como matérias-primas com finalidade de alimentação das criações adotadas por cada produtor. O uso de ingredientes alternativos de modo a diminuir custos de produção e que não prejudiquem o ganho, desempenho dos animais em questão, funcionam como ferramentas importantes dentro do sistema integrado de produção. Essas características e outras mais, contribuem para impulsionar as culturas, dentre elas, citamos a avicultura de corte. No Maranhão, por exemplo, a oferta de babaçu é grande e por isso, torna-se uma fonte alternativa para inclusão nas rações animais.
O babaçu tem sido alvo de pesquisas, pois, de seu interior é retirado uma amêndoa que é rica em óleo, inclusive faz-se de utilitário para elaboração do biodiesel. Essa amêndoa participa com 7% na composição do fruto (ALVES, 1984). Através do processo manual de esmagamento da amêndoa, é extraído o óleo e obtêm-se dessa forma, o farelo. O subproduto farelo de babaçu é composto em média por 17% de proteína bruta além de 26% de fibra bruta, segundo dados da EMBRAPA (1995).
Esse subproduto deve ser utilizado com critério para frangos em fase de cria já que, o teor de fibra insolúvel presente é de difícil degradação para os animais e que, pode causar problemas de ordem intestinais além da inibição da função de outros ingredientes presentes nas dietas. Para frangos na fase dos 21 aos 42 dias de idade, existe também um cuidado sendo que, através de pesquisas realizadas pela EMBRAPA, a recomendação expressa foi da ordem de 6 a 8% do farelo de babaçu nas dietas de frangos dessa idade. Portanto, é mais uma opção interessante para uso na alimentação animal.
Por: Rodrigo Dias Coloni, Zootecnista, Mestrado e Doutorando em Nutrição e Produção Animal
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