A brucelose é uma doença de origem bacteriana, que causa transtornos reprodutivos, tais como aborto, endometrite, orquite, perda da libido e infertilidade. O agente etiológico mais comum na brucelose suína é a Brucella suis, que é subdividida em 5 sorotipos. O suíno é o hospedeiro mais freqüente para os sorotipos 1 e 3. Já a B. abortus também pode infectar os suínos.
A doença apresenta uma morbidade alta, que se situa entre 50 a 80%, sendo as vias mais importantes de infecção a digestiva e a genital. A bactéria é transmitida de suíno para suíno, principalmente pela ingestão de alimentos ou água contaminados por descargas vulvares, ou pela ingestão de fetos abortados e membranas fetais. Cachaços com infecção nos órgãos genitais podem transmitir a doença através do sêmen. Os suínos infectados apresentam febre regular ou intermitente, sendo que os sinais clínicos podem ser transitórios e a morte é de rara ocorrência. O aborto pode ocorrer em qualquer período da gestação, sendo mais influenciado pelo tempo de exposição ao agente do que pelo período da gestação.
O homem se contamina através do contato direto com animais infectados ou indiretamente, através da ingestão de produtos de origem animal ou, mais raramente, por inalação de aerossóis. A brucelose suína tem um risco proporcionalmente maior que a brucelose bovina, pois apresenta um maior grau de patogenicidade para humanos. Em suínos doentes, existe um grande número de B. suis nos tecidos, proporcionando uma grande área de exposição para as pessoas que estão em contato com suínos. A infecção por B. suis em humanos é uma doença ocupacional, atingindo produtores, veterinários e trabalhadores de frigoríficos. É uma enfermidade septicêmica, que começa de forma brusca, manifestando-se com febre contínua ou intermitente, com calafrios e suor intenso. Cursa com irritação, nervosismo e depressão. Os sintomas mais comuns em humanos são insônia, impotência sexual, constipação, anorexia e dores generalizadas.
Fonte: Pork world
Adaptação: Portal Suínos e Aves
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