Crise da suinocultura leva a perda de propriedades rurais em Santa Catarina

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Os suinocultores de Santa Catarina enfrentam uma das piores crises da atividade no país. O agravamento da crise fez com que nove municípios decretassem situação de emergência e criadores perdessem a propriedade por não ter como pagar as dívidas. O péssimo momento da atividade também afeta o comércio das cidades.

Os milhares de criadores de suínos amargam uma das piores crises da suinocultura, porque o preço do quilo do animal está baixo e o custo de produção muito alto. Segundo a Secretaria Estadual de Agricultura, os municípios de Santa Catarina que decretaram situação de emergência por causa da crise são: Braço do Norte, São Ludgero, Grão Pará, Alto Bela Vista, Concórdia, Lindóia do Sul, Seara, Salto Veloso e Arroio Trinta.

Leonildo Altenhofen, um dos criadores de suíno da acumula R$ 250 mil em dívidas. O número de suínos na propriedade reduziu de 150 para 80 animais. A criação restante é sustentada com a venda do leite, mas falta comprador para o pouco que sobrou. A venda do animal quanto feita é paga com cheque para quatro meses depois.

Já o criador Natalino Altenhofen, de 65 anos, perdeu toda a produção de suínos porque ficou sem dinheiro para tratar os animais. De sua criação, restaram apenas nove vacas de leite para o próprio sustento, mas a crise para o criador foi tão grave que ele terá que vender a propriedade de 19 hectares, a fim de quitar as dívidas que chegam a R$ 200 mil.

No município de Xavantina, de pouco mais de quatro mil habitantes, que já foi considerado capital brasileira do suíno, dos 400 criadores, que existiam há três anos, apenas a metade vive da criação de porcos. Nesse município, a crise afeta, inclusive, a cidade, pois o produtor além de não conseguir comprar ração para os animais não tem como pagar as contas no comércio, dependente dessa atividade, o que agrava ainda mais a situação.

A Associação Catarinense de Criadores de Suínos sustenta que o excesso de produção derrubou as vendas e o preço da carne. Diante da situação do Estado, a entidade recorre ao governo federal quanto a subsidiar a diferença entre o preço de venda e o custo de produção para cada suíno.

 

Fonte: Globo Rural

Adaptação: Portal Suínos e Aves



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Atualizado em: 11 de julho de 2012